INTRODUÇÃO
A produtividade da pecuária de corte e leite está diretamente relacionada à efetividade reprodutiva. Sabe-se que, durante o manejo reprodutivo in vitro, a suplementação com vesículas extracelulares originadas de fluidos corpóreos aumenta os riscos biológicos.
Nesse sentido, a presente tecnologia propõe uma suplementação com lipossomas - nanopartículas sintéticas com composição lipídica conhecida - para auxiliar na produção in vitro de embriões bovinos. Quando adicionados ao meio de cultivo, os lipossomas podem melhorar a taxa de produção e a qualidade embrionária.
Lipossomas permitem controlar o tipo de molécula bioativa que será incorporado ao meio de cultivo, como o tipo de lipídio e o conteúdo de miRNAs, mRNAs e proteínas. Com isso, a tecnologia refere-se a lipossomas compostas por 80% de lipídios (45% de fosfatidilcolina) e 20% de colesterol, que apresentam influência sobre o desenvolvimento embrionário inicial. Essa nova suplementação poderá ser utilizada em larga escala na produção de embriões bovinos, bem como, futuramente, nas técnicas de reprodução assistida, em humanos.
DIFERENCIAL
A tecnologia propõe o aprimoramento dos índices reprodutivos de embriões produzidos in vitro. Dado que o cultivo in vitro convencional gera embriões com maiores conteúdos lipídicos, mais susceptíveis ao stress metabólico e com reduzida criotolerância. A suplementação com lipossomas supre uma necessidade de lipídeos específicos, o que consequentemente pode melhorar a qualidade e a produção desses embriões. Em suma, o desempenho dos lipossomas é superior ao das tecnologias existentes.
APLICAÇÕES E PÚBLICO-ALVO
A tecnologia a ser incorporada em empresas de base biotecnológica e em laboratórios se insere na área de engenharia de alimentos, medicina veterinária e nanotecnologia, servindo como ferramenta no campo da Agropecuária.
ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO
Área: Agropecuária; 0069/2022
Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos de Pirassununga – USP
APOIO E FOMENTO: processo nº 2021/06645-0, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). “As opiniões, hipóteses e conclusões ou recomendações expressas neste material são de responsabilidade do(s) autor(es) e não necessariamente refletem a visão da FAPESP”.
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