NOVO PROCESSO PARA MELHOR APROVEITAMENTO DA CANA-DE-AÇÚCAR EM BIORREFINARIAS

 

INTRODUÇÃO

      Diante da dificuldade de estabelecer pré-tratamentos da biomassa vegetal que sejam eficazes e produzam poucos inibidores aos processos fermentativos, a presente invenção propõe um processo de fracionamento mecânico do caule de biomassa lignocelulosica, o que permite separar uma fração rica em células de parênquima que apresenta menor recalcitrância. Isto é, refere-se ao fracionamento mecânico do caule da cana-de-açúcar a partir da remoção da região mais periférica (casca), gerando uma fração menos recalcitrante composta pelo miolo do caule.

      O miolo do caule, por sua vez, é submetido à extração de sacarose e posteriormente processado por pré-tratamentos físico-químicos, seguido de conversão enzimática de polissacarídeos à monossacarídeos, gerando um xarope rico em açúcares passíveis de conversão fermentativa à diversos produtos de interesse comercial. A casca, por ser mais recalcitrante, pobre em água e sacarose, além de apresentar elevado poder calorífico, é destinada diretamente ao processo de queima para geração de vapor e energia térmica.

    Ao contrário do processamento convencional, essencialmente voltado para a extração de sacarose e combustão do bagaço, o uso desta tecnologia tem sido explorado no contexto de biorrefinarias modernas, a fim de gerar combustíveis líquidos e produtos de elevado valor comercial, proporcionando um balanço financeiro positivo no setor de combustíveis de origem renovável. Estas biorrefinarias, além de economicamente rentáveis, permitem a mitigação da geração de gases de efeito estufa, pois podem diminuir a dependência da sociedade pela queima de combustíveis fósseis.

         

APLICAÇÕES E PÚBLICO ALVO

       A presente invenção se insere no campo da Engenharia Química e Biotecnologia Industrial, mais precisamente na área de processamento de biomassa vegetal para a produção de energia, combustíveis e insumos para a indústria.

                

       Figuras 1. Frações de um caule de cana onde casca e miolo foram mecanicamente separados

                    2. Microscopia ótica da região de miolo do caule com abundância de tecidos menos recalcitrantes 

 

  ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO

 

Área: Agropecuária; Alimentos, Energia  0059/2017  

APOIO E FOMENTO: processo nº2014/06923-6, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). “As opiniões, hipóteses e conclusões ou recomendações expressas neste material são de responsabilidade do(s) autor(es) e não necessariamente refletem a visão da FAPESP”.

CNPq;                                                                                                                                      Polo São Paulo

Escola de Engenharia de Lorena – USP.                                                                              alelima@usp.br 

Patente protegida sob o nº:  BR102018016818-5                                                            www.patentes.usp.br                                                                                       

Informação sobre a PI:
Para mais informações, entre em contato:
Equipe Tt Prospecção
Universidade de São Paulo
transtec_a@usp.br
Inventores:
JOSÉ MOREIRA DA SILVA
GUILHERME PENHA SARTORI
ANDRÉ FERRAZ
ADRIANE MARIA FERREIRA MILAGRES
Palavras-chave:
Bioenergia
Biomassa
Cana de Açúcar
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