INTRODUÇÃO
Conhecida como a forma mais comum de demência, a doença de Alzheimer é uma doença neurológica grave e progressiva caracterizada por comprometimento cognitivo e perda irreversível de memória. O tratamento atual é sintomático e acontece por meio da inibição da enzima acetilcolinesterase (AChE) como por exemplo pelos fármacos donepezil, rivastigmina e galantamina. AChE é a principal enzima na terapia atual. No entanto, dados recentes experimentais apontam para uma mudança de foco da AChE para a enzima butirilcolinesterase (BuChE) como resultado de uma função mais relevante assumida pela BuChE em estágios avançados da doença. Sendo assim, a descoberta de inibidores altamente potentes e seletivos para BuChE pode representar uma abordagem terapêutica promissora na doença de Alzheimer.
Dessa maneira, foram sintetizados novos inibidores potentes e altamente seletivos para BuChE, valendo-se de diferenças estruturais específicas em seu sítio ativo periférico. Tendo como base a estrutura de donepezil (um potente e seletivo fármaco para AChE) e considerando uma abordagem de substituição de um grupo funcional, foi criado com sucesso um dos inibidores de BuChE mais potentes e, provavelmente, o mais seletivo.
APLICAÇÕES E PÚBLICO ALVO
Aplicado na atividade clínica para doença de Alzheimer. Indústrias Farmacêuticas fabricantes de medicamentos e laboratórios de pesquisa na área de farmacológica e imunologia.
Figura: Estratégia de planejamento de potenciais inibidores para enzima hBuChE a partir da substituição do grupo funcional 5,6-dimetóxi-indanona (vermelho), presente no fármaco donepezil, por aminoácido contendo anel 1,2,3-triazólico 1,4-dissubstituído com anel fenila (preto), e permanência do grupo benzilpiperidina (azul).
ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO
Área: Saúde e Cuidados Pessoais 0011/2017 FCFRP Ribeirão Preto e Bauru
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