INTRODUÇÃO
Segundo dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama representa o segundo tipo de tumor mais incidente no mundo, sendo o de maior frequência entre as mulheres. Atualmente, como medidas de prevenção, o controle dos fatores de risco, especialmente os relacionados ao estilo de vida, são bem aceitos. No entanto, ao contrário do que ocorre com outros tipos de tumores, existem poucas estratégias farmacológicas disponíveis para a quimioprevenção da população de alto risco e aquelas existentes têm baixa adesão.
Em paralelo, vem crescendo o interesse por formulações e vias de administração alternativas, capazes de promover a localização e/ou direcionamento de fármacos ao sítio alvo e sua liberação sustentada, de modo a reduzir a frequência de administração e contornar os efeitos adversos sistêmicos de fármacos, os quais, na maioria das vezes, estão associados à baixa adesão ao tratamento pelo paciente.
A presente invenção propõe, a partir deste conhecimento, uma formulação farmacêutica nanoestruturada para a quimioprevenção de câncer, mais especificamente de mama, na forma de microemulsões não aquosas responsivas, ou seja, que respondam a características do tecido biológico alvo e sofram transformação in vivo de modo a permitir liberação modificada dos fármacos, impactando diretamente os esquemas de dosagens e reduzindo os efeitos adversos sistêmicos durante a terapia.
APLICAÇÕES E PÚBLICO ALVO
A presente invenção se insere no campo da medicina, mais especificamente na área de formulações farmacêuticas de liberação modificada e se refere a uma formulação farmacêutica na forma de microemulsão bioresponsiva para a liberação mamária da fenretinida, a qual possui a capacidade de inibir o desenvolvimento de tumores.
Figuras - À esquerda: Imagem ilustrativa da proposta da formulação. À direita: Representação gráfica e por imagens da liberação do fluoróforo Alexa Flúor 647 incorporado na microemulsão precursora por 30 dias. Imagem representativa de animais no dia da injeção (imagem à esquerda) e após 30 dias (imagem à direita). Controle: microemulsão sem Alexa Flúor, apenas para mostrar que não há autofluorescência da formulação vazia.
ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO
Área: Saúde e Cuidados (Humanos e Animais); 0035/2019 Polo São Paulo
Instituto de Ciências Biomédicas - USP alelima@usp.br
APOIO E FOMENTO: processos nº 2013/16617-7; www.patentes.usp.br
2017/23213-0;2018/18813-1. Fundação de Amparo
à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
“As opiniões, hipóteses e conclusões ou recomendações
expressas neste material são de responsabilidade do(s)
autor(es) e não necessariamente refletem a visão da FAPESP”.
Patente protegida sob o nº: BR102019018500-7; BR102019018501-5